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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

DEUTEROCANÔNICOS - SOBRANDO OU FALTANDO


Os livros deuterocanônicos estão sobrando ou faltando na Bíblia?

Um dos temas que muitas vezes chega a sair discussão entre as pessoas da fé católica e de outras denominações é a alegação de que estaria sobrando livros na Bíblia Católica na qual eles chamam de "apócrifos". Afinal nossos “deuterocanônicos” estão sobrando ou faltando livros? Neste simples estudo iremos expor as respostas adequadas a esta dúvida.



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Inicialmente a palavra “Apócrifo” é mau utilizada com relação a estes livros já que a palavra apócrifo provém do grego άπόκρυφος apokryphos, "oculto" e são aplicados aos livros que a Igreja retirou no Concílio de Cartago quando se formou o cânon das Escrituras tal como conhecemos hoje. Os sete livros que estão na Bíblia Católica não são apócrifos, são chamados de “Deuterocanônicos” mesmo que o termo descreva com pouca propriedades estes livros, eles são chamados Deuterocanônicos porque não estão no cânon judeu da Palestina, nos aprofundaremos mais neste assunto a seguir. 


Fonte: Apologética Siloé
Autor: Ministério Siloé
Tradução: Rogério Hirota em 25/Fev/2009



Mas, quais são estes livros?

Livro de Tobias
Livro de Judite
Complementações em grego do Livro de Ester
Complementações em grego do Livro de Daniel
Primeiro livro dos Macabeus
Segundo livro dos Macabeus
Livro da Sabedoria
Sirácides ou Eclesiástico
Livro de Baruc

Qual é a origem destes livros? Analisando um pouco da História devemos levar em consideração que os Judeus NÃO possuíam livros e sim rolos e para eles os escritos fundamentais em sua leitura e estudos era o Tora, ou seja, os cinco primeiros livros, assim como é até os dias de hoje. Os judeus também não possuíam uma compilação dos outros livros santos, além disso, dentro do Judaísmo não existia um Cânon Escritural, existia sim uma grande disputa sobre qual seria o cânon correto. O movimento religioso dos Saduceus sustentava que somente o Pentateuco fazia parte do Cânon das Escrituras enquanto que outros grupos consideravam também as

Escrituras dos Nevi'im (Profetas) e a Hagiographa (Livros históricos e didáticos). A Primeira tentativa de se reunir todos os livros  inspirados foi no Século II ANTES de Cristo na cidade de Alexandria e segundo a Enciclopédia.Net:

 “O nome dos Setenta se deve a uma tradição judaica, transmitida na Epístola de Aristeas que atribui sua tradução a 72 sábios judeus (seis de cada tribo) em 72 dias. Esta tradição tem sua origem na Gematria, uma técnica exegética que dá valores interpretativas  aos nomes onde o 7 equivale a perfeição. É denominado também como Alexandrina por ter sido feita em Alexandria e ser usada pelos judeus de língua grega no lugar do texto hebraico. É a principal versão grega por sua antiguidade e autoridade. Sua redação se iniciou no Século III aC (ano de 250 aC) e foi concluída  no final do século II antes de Cristo (ano 150 aC) “

Esta versão gozou de grande popularidade em todo o mundo judeu por ser a Primeira Grande Compilação das Escrituras e por ser escrita em Grego, idioma universal do mundo da época, mais de trezentas citações das Epístolas de São Paulo e citações do Antigo Testamento são tiradas desta versão o que indica que foi utilizada pelos Apóstolos e a Igreja Primitiva.

Até o momento já vimos três bases:

a) Os Judeus NÃO tinham um Cânon Escritural como nós, tinham como canônicas somente o Tora, os demais livros inspirados  NÃO estavam definidos canônicamente.

b) A primeira tentativa de compilação foi feita em Alexandria no Século III antes de Cristo e esta versão JAMAIS foi questionada ou recusada pelo Templo.

c) Esta era a versão mais conhecida e utilizada no tempo de Jesus e no tempo Apostólico.

Esta era a situação Escritural na época de Jesus: nas Sinagogas se lia os Rolos da Lei e para o estudo individual era utilizado a Versão dos Setenta. Depois do Pentecostes a situação não mudou muito e a Igreja nascente seguiu utilizando em seus cultos e em seus ensinamentos a versão dos Setenta junto dos Escritos Apostólicos (ainda sem definição canônica).

Até o ano 70 e depois da destruição de Jerusalém, o Sinédrio junto com o grupo dos Fariseus (que consideravam um cânon formado pela Lei, os Profetas e as Escrituras) continuou insistindo e trabalhando em um cânon definitivo já que tinham à sua frente à chamada “Seita Cristã” com seus livros judeus e suas novas Escrituras. Assim, no ano de 90 dC o Sinédrio estabelecido em Yamnia finalmente formou um cânon judeu e teve três regras para sua formação:

1) Deveria haver uma cópia do livro em questão que indicasse que foi escrito antes do ano 300 aC ( quando a helenização chegou a Palestina, com os problemas culturais e religiosos subseqüentes).

2) Que as cópias fossem escritos em hebraico ou pelo menos em aramaico (menos o grego que era a língua e cultura invasora e que era utilizada nos escritos cristãos).

3) Que tivesse uma mensagem considerada como inspirado ou dirigido ao povo de Deus (Judeu).

Uma das razões para retirar os livros escritos em grego, que eram em sua maioria Sapienciais e bem próximos ao início do cristianismo é que "soavam muito cristão". Este concílio judeu em Yamnia definitivamente NÃO teve nenhum efeito sobre a Igreja que já havia há vários anos se separado do judaísmo, este que foi ditado pelo mesmo órgão (e que por sua cegueira espiritual)
 havia crucificado o Messias esperado. A Aliança, então, foi transferida para a Igreja como Nova Aliança da Graça e os anciãos de Israel não possuíam nenhuma autoridade sobre a nova Fé. A Igreja seguiu utilizando como Escritura a antiga Versão dos Setenta. Curiosamente, fragmentos destes livros retirados da versão hebraica foram encontrados nos "Pergaminhos do Mar Morto".

Assim chegamos ao Edito de Milão e o final da perseguição religiosa dos cristãos, até esta data (313 dC) a Igreja só sobrevivia as perseguições e buscava guardar o rebanho. Estabelecendo então a Igreja é iniciado os Concílios e começa a se fixar a Doutrina. Uma das primeiras preocupações da Igreja foi determinar quais livros eram inspirados e quais não eram, nisso dois Concílios foram fundamentais. O Concílio de Roma no ano de 382 dC sobre a autoridade do Papa São Dâmaso nos dá a primeira relação dos livros Canônicos e os livros apócrifos. Copiamos as Palavras do Santo Concílio de Roma:

II. Também foi dito:

Agora devemos tratar sobre as Divinas Escrituras, as que são aceitas pela Igreja Católica Universal e as que se devem recusar.

1. Começa pela ordem do Antigo Testamento:

Gênesis = 1 Livro
Êxodo = 1 Livro
Levítico = 1 Livro
Números = 1 Livro
Deuteronômio = 1 Livro
Jesus Navé (Josué) = 1 Livro
Juízes = 1 Livro
Rute = 1 Livro
Reis = 4 Livro
Paralipômenos (Crônicas) = 2 Livro
150 Salmos = 1 Livro
Três livros de Salomão
Provérbios = 1 Livro
Eclesiastes = 1 Livro
Cântico dos Cânticos = 1 Livro
Igualmente, Sabedoria = 1 Livro
Eclesiástico= 1 Livro

.......................................
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2. A seguir a ordem dos Profetas:
Isaías = 1 Livro
Jeremias, considerado um livro com Cinoth, quer dizer, suas lamentações = 1 Livro
Ezequiel = 1 Livro
Daniel = 1 Livro
Oséias = 1 Livro
Amós = 1 Livro
Miquéias = 1 Livro
Joel = 1 Livro
Abdias = 1 Livro
Jonas = 1 Livro
Naum = 1 Livro
Habacuc = 1 Livro
Sofonías = 1 Livro
Ageu = 1 Livro
Zacarias = 1 Livro
Malaquias= 1 Livro

3. A seguir a ordem dos (livros) históricos:
Historia de la Biblia, Concilio de Nicea
Ilustración del Concilio de Nicea. El emperador Constatino, al centro, y los obispos sosteniendo
el credo de Nicea-Constantinopla, oración que resumió las bases de la doctrina católica.

Jó = 1 Livro
Tobias = 1 Livro
Esdras = 2 Livro
Ester = 1 Livro
Judite = 1 Livro
Macabeus = 2 Livro

4. A seguir a ordem das Escrituras do Novo Testamento, que a Santa Igreja Católica Romana aceita e venera:
Quatro livros dos Evangelhos:
   Segundo Mateus = 1 Livro
   Segundo Marcos = 1 Livro
   Segundo Lucas = 1 Livro
   Segundo João = 1 Livro
Igualmente, os Atos dos Apóstolos = 1 Livro
As epístolas do Apóstolo Paulo, no número de quatorze:
   Aos Romanos = 1 Epístola
   Aos Coríntios = 2 Epístola
   Aos Efésios = 1 Epístola
   Aos Tessalonicenses = 2 Epístola
   Aos Gálatas = 1 Epístola
   Aos Filipenses = 1 Epístola
   Aos Colossenses = 1 Epístola
   A Timóteo = 2 Epístola
   A Tito = 1 Epístola
   A Filemon = 1 Epístola
   Aos Hebreus = 1 Epístola
Igualmente, o Apocalipse de João = 1 Livro
Igualmente, As epístolas canônicas, em número de sete:
   Do Apóstolo Pedro = 2 Epístola
   Do Apóstolo Tiago = 1 Epístola
   Do Apóstolo João = 1 Epístola
   De outro João, presbítero = 2 Epístola
   Do Apóstolo Judas, o Zelote = 1 Epístola

Aqui termina o cânon do Novo Testamento.

Lista de apócrifos

V. Os demais escritos que foram compilados ou reconhecidos pelos hereges ou cismáticos, a Igreja Católica Apostólica Romana não recebe de maneira alguma; destes consideramos correto citar a continuação de alguns que foram passado de geração em geração e que são recusados pelos católicos:

Igualmente, a lista de livros apócrifos:

Em primeiro lugar, o Concilio de Sirmio, convocado por César Constâncio, filho de Constantino e presidido pelo Prefeito Tauro, que foi e sempre será condenado;

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O Itinerário em nome do Apóstolo Pedro, que é chamado livro nove de São Clemente
Os Atos em nome do Apóstolo André
Os Atos em nome do Apóstolo Tomás
Os Atos em nome do Apóstolo Pedro
Os Atos em nome do Apóstolo Felipe
O Evangelho em nome de Matias
O Evangelho em nome de Barnabé
O Evangelho em nome de Tiago o menor
O Evangelho em nome de Pedro
O Evangelho em nome de Tomás, usado pelos maniqueus
O Evangelho em nome de Bartolomeu
O Evangelho em nome de André
Os Evangelhos falsificados por Luciano
Os Evangelhos falsificados por Hesiquio
O livro sobre a infância do Salvador
O livro sobre a nascimento do Salvador e Maria
O livro do PASTOR DE HERMAS
Todos os livros feitos por Leucio, discípulo do diabo
O livro que é chamado A Fundação
O livro que é chamado O Tesouro
O livro das filhas de Adão Leptogeneseos (Livro dos Jubileus)
O Sermão sobre Cristo, colocado nos versos de Virgilio
O livro que é chamado Atos de Tecla e Paulo
O livro que é chamado de Nepote
O livro de Proverbios, escrito por hereges e pré-assinado com o nome de São Sixto
As Revelações que são chamadas de Paulo
As Revelações que são chamadas de Tomás
As Revelações que são chamada de Estevão
O livro que é chamado Assunção de Santa Maria
O livro que é chamado Penitência de Adão
O livro sobre Gog, o gigante que lutou contra o dragão depois do dilúvio, segundo afirmam os hereges
O livro que é chamado Testamento de Jó
O livro que é chamado Penitência de Orígenes
O livro que é chamado Penitência de São Cipriano
O livro que é chamado Penitência de Jamne e Mambre
O livro que é chamado Sorte dos Apóstolos
O livro que é chamado Louvores dos Apóstolos
O livro que é chamado Cânones dos Apóstolos
O livro O Fisiólogo, escrito por hereges e pré-assinado com nome de bem-aventurado Ambrósio
As Histórias de Eusébio Pánfilo
As obras de Tertuliano
As obras de Lactancio, também conhecido como Firmiano
As obras de Africano
As obras de Postumiano e Gallo
As obras de Montano, Priscila e Maximila
As obras de Fausto, o maniqueu
As obras de Comodiano
As obras do outro Clemente, de Alexandria
As obras de Tascio Cipriano
As obras de Arnobio
As obras de Ticônio
As obras de Cassiano, sacerdote de Galia
As obras de Victorino de Petabio
As obras de Fausto, regente de Galia
As obras de Frumêncio o cego
A Epístola de Jesus a Abgaro
A Epístola de Abgaro a Jesus
A Paixão de Quiricio e Julita
A Paixão de Jorge
Os escritos que são chamados Interdito de Salomão
Todas os escritos que foram compostos, em nome dos anjos como alguns acham, mas no nome dos maiores demônios

Estes e outros escritos similares como os de Simão o Mago, Nicolás, Cerinto, Marcião, Basílides, Ebion, Paulo de Samosata, Fotino e Bonoso que adoeceram de erros similares, também Montano com seus seguidores obscenos, Apolinaro, Valentino o maniqueu , Fausto Africano, Sabelio, Arrio, Macedonio, Eunomio, Novato, Sabacio, Calisto, Donato, Eustacio, Joviano, Pelagio,  Juliano de Eclana, Celestio, Maximiano, Prisciliano da Espanha, Nestório de Constantinopla, Máximo Cínico, Lampecio, Dióscoro, Eutiques, Pedro e o outro Pedro, um que desgraçou Alexandria e o outro Antioquía, Acacio de Constantinopla e seus partidários e todos os discípulos da heresia e dos hereges e os cismáticos, cujos nomes apenas foram preservados, que ensinaram ou escreveram, e não são somente repudiados por toda a Igreja Católica Apostólica Romana, mas que devem ser removidos os autores e seus seguidores, e condenados com o indissolúvel vínculo de anátema eterno.

Fragmento do código de Muratori - última página
conforme publicado pela Tregelles 1868
No final do século II d.C. já existia em Roma um cânon o ‘fragmento de Muratori’, documento que contêm a lista dos livros do Novo Testamento que a Igreja de Roma considerava e aceitava como inspirados.

Mais tarde o Concilio de Cartago  (397) vai determinar com a presença de Santo AGOSTINHO entre outros grandes Padres o Cânon das Escrituras e este Concilio define em seu Cânon 186, 36

“Fora as Escrituras canônicas, nada deve ser lido na Igreja sob o nome de Escrituras divinas, Pois bem, as Escrituras canônicas  são: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Jesus Navé, Juízes, Rute, quatro livros dos Reis, dois livros dos Paralipômenos, Jó, Psaltério de David, Cinco livros de Salomão, doze livros dos profetas, Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias, Judite, Ester, dois livros dos Macabeus. Do Novo Testamento: Quatro livros dos Evangelhos, um livro dos Atos dos Apóstolos, treze Epístolas de Paulo Apóstolo, do mesmo uma aos Hebreus, dois de Pedro, três de João , uma de Tiago, uma de Judas, Apocalipse de João. Sobre a confirmação deste cânon consulte-se a Igreja transmarina. Seja lícito também ler as paixões dos mártires, quando se celebram seus aniversários.”

Neste Concilio é selado o Cânon do Novo Testamento com seus 27 livros tal como o conhecemos hoje e são separados definitivamente dos livros Apócrifos

Seguindo a Regra de ser aceitos somente os livros que:

1)      Tivessem origem Apostólica

2)      Fossem utilizadas na Liturgia desde o século I

3)      Não contivessem heresias

Para isso foi utilizada a informação passada pela TRADIÇÂO DA IGREJA

Junto com estes livros foi confirmada com a mesma autoridade a Versão dos Setenta como Versão Canônica do Antigo Testamento, nome que foi dado a partir deste Concilio para esta versão da Antiga Lei.

Este Concílio é referendado pelo Papa Silício e com São Jerônimo é iniciado a monumental obra da tradução das Escrituras do Grego ao Latim, trabalho que levou 40 anos de reclusão em uma caverna na Santa Gruta de Belém.

São Jerônimo (342-420 d.C.) fez a tradução das Escrituras judaicas do hebraico ao latim e excluiu os livros escritos em grego como não canônicos; contra isso Santo Agostinho se opôs e ratificou a importância dos livros escritos em grego no Concílio de Hipona (393). A decisão de Jerônimo foi recusada pelos concílios e ele aceitou a decisão outorgada pelos concílios.

A partir do século IV a Igreja introduz o termo “cânon”, para indicar com ela a clausura física do conjunto de livros integrada pelo Antigo Testamento e o Novo Testamento. Assim é declarado que a Biblia, por ser inspirada por Deus, é normativa no âmbito de doutrina e da fé.

E assim a Escritura começou a viver e dar frutos na Igreja Católica por 1120 anos até a fatídica data de 1517 quando com um papel cravado nas portas de uma Igreja causou a ruptura de dezesseis séculos de Cristianismo.

Com a Reforma do Sacerdote Agostiniano Martinho Lutero é iniciado uma nova etapa no Cristianismo que foi mais do que uma


“Reforma” foi uma demolição da Fé dos Apóstolos baseada no critério de um ou vários homens (os reformadores). Uma das primeiras conseqüências sofrida é na Bíblia. Rapidamente Lutero dá-se o trabalho de Reformar as Escrituras baseado em seus conceitos do que entendia por correto.

Martinho Lutero e outros Reformistas decidiram tentar remover os livros que faziam parte da Escritura Cristã desde os primórdios tais como Apocalipse e Tiago nas quais ele recusava como podemos ler em seus escritos:

"... A Epístola de Tiago é uma epístola cheia de palha, porque não contêm nada evangélico." "Prefacio ao Novo Testamento" de Lutero.

“... Ao meu parecer [o Livro das Revelações ou Apocalipse] não tem nenhum indício de caráter apostólico ou profético... Cada um pode formar sua própria opinião sobre este livro; pessoalmente tenho antipatia, e para mim isso é razão suficiente para recusá-lo." Sammtliche Werke, 63, pp. 169-170.

(Muitos Protestantes que baseiam suas Doutrinas no Apocalipse não sabem que quase o perderam, pois Lutero tentou retirar das Escrituras o Apocalipse, A Carta aos Hebreus e a Epístola de Tiago entre outros)

Martinho Lutero em um ataque de soberba e desprezando as decisões do Concilio de Roma e de Cartago acatou as decisões do Concilio Judeu de Yannia, aceitando o Cânon Judaico do ano 90 dC sem os sete livros escritos em Grego e assim a Bíblia Protestante continua até os DIAS de hoje. É por isso que NÃO NOS SOBRAM livros, já que estavam por mais de 1800 anos juntos e no Século XVI foram removidos, e são os que FALTAM  para a Igreja Protestante.

Atualmente existem muitas provas de que estes Livros estiveram junto ao povo judeu e eram utilizados por eles, algumas delas são:

a) Os manuscritos mais antigos do Antigo Testamento (mil anos) contêm os Deuterocanônicos. Com excessão da ausência de Macabeus no Codex Vaticanus, o mais antigo texto grego do Antigo Testamento, TODOS OS DEMAIS manuscritos contêm os sete livros.

Qumran
b) Dos 850 documentos que foram achados em Qumrán, uns 223 são cópias de livros distintos do Antigo Testamento; foram encontrados quase todos os livros da Bíblia hebraica (menos Ester), e alguns deuterocanônicos (Tobias, e Ben Sira ou Eclesiástico)...

c) Os judeus apesar de não aceitarem religiosamente os livros Deuterocanônicos os aceitam  historicamente ao celebrar festas que só são mencionados nestes livros, entre eles o Purin que é mencionado no Livro de Ester e o Hanuká que é mencionado no Livro dos Macabeus

No começo da Reforma nossa versão Bíblica não foi alvo ataques como podemos ver:

a) Martinho Lutero em seu Comentário sobre São João disse: "Somos obrigados a admitir dos Papistas que eles tem a Palavra de Deus, que a recebemos deles e que sem eles não teríamos nenhum conhecimento dela". Esta Igreja pronunciou que TODOS os 73 livros que compõe o Antigo e Novo Testamento são revelação.

b) Em 1615 o arcebispo anglicano de Canteburry proclamou uma lei que punia com castigo de um ano de cárcere à qualquer pessoa que publicasse a Bíblia sem os sete livros deuterocanônicos, já que a própria versão original da King James os tinha.

Portanto querido irmão como dissemos “não nos sobram livros, a eles é que faltam" já que por um ato pessoal e sem nenhuma base, estes livros foram retirados depois de 1200 anos de permanência. Estes livros:

a) Foram aceitos pelos Apóstolos e utilizados em seus Evangelhos e Epístolas

b) Foram aceitos pela Igreja Pós-Pentecostes e por toda a Igreja Primitiva

c) Foram proclamados CANÔNICOS ao mesmo Tempo e pela mesma autoridade que os 27 Livros do Novo Testamento.

Martinho Lutero os retirou em:

a) Um ato unitário e arbitrário

b) Sem consultar a Igreja e nem a um Concilio

c) Sem levar em consideração os aspectos históricos da permanência destes livros na Igreja

d) Aceitou a decisão de um Concílio Judeu que NÃO tinha nenhuma autoridade sobre os cristãos, não foi um Concilio Cristão dirigido pelo Espírito Santo.


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Como vimos os judeus na época de Jesus nunca tiveram um cânon escritural, vimos que este cânon foi criado no ano de 90dC quando a Igreja já estava separada do judaísmo há vários anos, vimos que estes livros NÃO foram aceitos pelo Concílio judaico de Yamnia por estar escrito na mesma língua dos textos cristãos e por sua linguagem ser muito similar a estes. Martinho Lutero em um ato de soberba, desprezo a obra do Espírito Santo no Concílio de Cartago preferiu aceitar a definição do mesmo Sinédrio que NÃO reconheceu seu Messias.

Não se pode desprezar parte da obra de um Concílio e aceitar outra. Um Concílio é aceito ou recusado por inteiro, pois bem, a mesma autoridade que formou o Cânon do Novo Testamento formou também o Cânon do Antigo Testamento, NÂO se pode aceitar os 27 livros do Novo Testamento e desprezar a versão dos Setenta. Oras, se a Igreja se equivocou ao definir como canônico  a Versão dos Setenta então os 27 livros do Novo Testamento também definidos pela Igreja estariam expostos a um equívoco e se estes 27 livros são duvidosos, vã é nossa fé. Duvidar da Igreja é duvidar das Escrituras. A quem você escuta?


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