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terça-feira, 12 de junho de 2012

UNGUENTOS E POLENS NO SANTO SUDÁRIO FALAM DE UM ENTERRO PRÓPRIOS A UM REI


Dra. Marzia Boi no Congresso Internacional sobre o Santo
Sudário,  Valencia, Espanha.
A investigadora italiana Marzia Boi apresentou um novo estudo sobre os restos de pólen e ungüentos no Santo Sudário, informou a Arquidiocese de Valência, Espanha, em comunicado difundido pela agência ACIDigital.

O trabalho da pesquisadora foi exposto no Congresso Internacional sobre o Santo Sudário, realizado em Valência. E foi mais uma valiosa contribuição para outros estudos apresentados nesse simpósio, mostrando a compatibilidade do corpo envolvido com o Santo Sudário e o de Jesus Cristo.

A Dra. Marzia Boi trabalha no laboratório de Botânica do Departamento de Biologia da Universidade das Ilhas Baleares. Em sua exposição, ela mostrou dados pouco conhecidos e até surpreendentes.

Segundo a bióloga, os restos de pólen encontrados no Santo Sudário de Turim não são só os depositados fortuitamente no tecido ao longo da História, mas incluem os correspondentes a “ungüentos e flores que se utilizavam para ritos funerários há 2.000 anos”.

Tipoos de polén, O homem do Sudário, Curitiba
Tipoos de polén, O homem do Sudário, Curitiba
A Dra. Boi explicou que a descrição da sepultura de Jesus feita pelo Evangelho corresponde a um enterro realizado com honras próprias aos reis. Essas honras reais implicaram a “preparação do cadáver com bálsamos e óleos” do modo em que foi feito.

Correspondia naturalmente a Nossa Senhora realizar, com o auxílio das santas mulheres, essa preparação do Santíssimo Corpo de seu Filho.

Essas honras estão de acordo com a condição social de Nosso Senhor Jesus Cristo, a qual era bem conhecida de seus parentes, discípulos, amigos e inclusive inimigos.

Com efeito, Nosso Senhor pertencia à estirpe real de Judá, sendo descendente de David tanto por parte de seu pai adotivo, São José, quanto pelo de sua Mãe, Nossa Senhora.

São Mateus inicia seu Evangelho nos apresentando a genealogia de Jesus. O evangelista menciona as sucessivas gerações de reis e príncipes reais até São José e Jesus Cristo. É a famosa árvore genealógica de Jessé, pai do rei David.

São Paulo no-lo recorda na Epístola aos Romanos ecoando a profecia de Isaías: “Da raiz de Jessé surgirá um rebento que governará as nações; nele esperarão as nações” (Is 11,10). (Romanos 15,12) 

Malgrado não fosse reconhecido como tal, Jesus Cristo era rei por direito de Israel, e não Herodes e sua descendência, que eram impostores sustentados pelos romanos.

O Sinédrio acusou Nosso Senhor diante Pilatos, declarando que Ele se dizia rei dos judeus. De onde os numerosos cruzamentos verbais do governador romano com Nosso Senhor.

“És o rei dos judeus? Sim, respondeu-lhe Jesus”
“És o rei dos judeus? Sim, respondeu-lhe Jesus”
Quando Jesus compareceu diante do governador, ele O interrogou: “És o rei dos judeus? Sim, respondeu-lhe Jesus”(São Mateus 27,11), esclarecendo que era sobretudo Rei de um reino mais alto: o dos Céus e de toda a Terra.

A espantosa apostasia do populacho judeu e de seus instigadores se efetivou ao bradarem: “Crucifica-o! Não temos outro rei senão César”. Eles não só recusaram o Redentor prometido pelos Patriarcas e pelos Profetas, realidade suprema, mas também o rei legítimo, sucessor de Davi.

“Mas eles clamavam: Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o! Pilatos perguntou-lhes: Hei de crucificar o vosso rei? Os sumos sacerdotes responderam: Não temos outro rei senão César!” (São João 19, 15)

Pilatos mandou afixar no alto da Cruz numa tábua com a inscrição, em grego, hebraico e latim: Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum (Jesus Nazareno Rei dos Judeus). É o I.N.R.I. que vemos nos crucifixos. Afinal, era esse o crime alegado pelo Sinédrio que mais impressionou a covardia de Pilatos, sempre temeroso de perder pontos na sua carreira.

“19. Pilatos redigiu também uma inscrição e a fixou por cima da cruz. Nela estava escrito: Jesus de Nazaré, rei dos judeus.

Jesus Cristo também era rei dos Judeus
Jesus Cristo também era rei dos Judeus.
Cristo Rei, Hans Memling (c. 1440-1494).
“20. Muitos dos judeus leram essa inscrição, porque Jesus foi crucificado perto da cidade e a inscrição era redigida em hebraico, em latim e em grego.

“21. Os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: Não escrevas: Rei dos judeus, mas sim: Este homem disse ser o rei dos judeus.

“22. Respondeu Pilatos: O que escrevi, escrevi.” (São João 19, 19-22)

Também a estirpe régia de Jesus Cristo é ressaltada pelo fato de Jesus ter nascido em Belém, a cidade de Davi, fundador da estirpe real de Israel da qual Nosso Senhor era o legítimo sucessor primogênito.

Ao chegarem os Reis Magos a Jerusalém, perguntaram pelo “rei dos Judeus”:

“2. Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo”. (São Mateus 2,2) 

“4. [Herodes] Convocou os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo e indagou deles onde havia de nascer o Cristo.

“5. Disseram-lhe: Em Belém, na Judéia, porque assim foi escrito pelo profeta:

Dra. Marzia Boi no Congresso Internacional
sobre o Santo Sudário, Valencia, Espanha.
“6. E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que governará Israel, meu povo (Miq 5,2).” (São Mateus 2, 4-6) 

Esses óleos e ungüentos próprios de um rei, presentes no Santo Sudário, ajudaram a conservá-lo por conterem potentes elementos repelentes de insetos e fungos.

A Dra. Marzia Boi analisou no microscópio as fotos dos polens extraídos em anteriores investigações sobre o Santo Sudário. E identificou tipos de plantas que, “conforme está documentado desde remotos tempos”, eram usualmente utilizadas nos enterros reais.

No Santo Sudário há polens principalmente de Helichrysum, láudano, terebinto, gálbano aromático ou lentisco.

A identificação dessas plantas supõe, segundo a Dra. Boi, “um dado adicional que confirma que o homem do Sudário poderia ser Jesus”.

É espantosa a quantidade de concordâncias dos elementos cientificamente estudados que apontam o Santo Sudário de Turim como sendo o próprio pano que envolveu o corpo de Jesus Cristo. Contestar esta concordância que vai ficando cada vez mais difícil.

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